Gelena Castillo, que é responsável pela Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT) do Hospital Universitário do Oeste do Paraná, conversou com a imprensa a respeito do processo de captação de órgãos da pequena Maria Cecília, que teve a morte encefálica confirmada no início da noite desta segunda-feira (03).
Maria Cecília sofreu um acidente doméstico no dia 20 de fevereiro, quando caiu da janela de um apartamento na Rua Itália, no Cascavel Velho. Ela foi socorrida em estado grave e durante todos esses dias lutou pela vida, mas infelizmente, não resistiu.
Gelena afirmou que a morte de Maria Cecília causou grande consternação em toda a unidade, que durante 11 dias zelou pela criança. Com a morte cerebral, confirmada às 18h24, não restava outra opção à equipe médica, a não ser o desligamento de todos os aparelhos ou a doação, a qual foi autorizada pela família.
A coordenadora ainda ressaltou que os órgãos de Maria Cecília poderão salvar a vida de cinco crianças, que ainda serão selecionadas.
Sobre a doação de órgãos
A respeito do procedimento de doação de órgãos, Gelena explicou que, após a constatação do óbito, existem dois tipos possíveis: 1) quando o coração para (neste caso, apenas tecidos são doados) ou 2) quando o cérebro para e o coração é mantido por aparelhos (neste caso, todos os órgãos podem ser doados).
A autorização para doação de órgãos é feita pela família. Posteriormente, os dados dos exames do doador serão encaminhados para um sistema para que um receptor compatível seja localizado.
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